Os analistas ocidentais notaram que o aspecto futuro das forças armadas da Rússia vai depender muito do sucesso e da rapidez da transição da Rússia dos anteriores modelos soviéticos para novos, mas já é claro que a Rússia está modernizando seu exército ativamente e com sucesso e não confia apenas na dissuasão nuclear.
Mas até 2035 a Rússia já deverá estar equipada com desenvolvimentos modernos de nova geração. Trata-se, em primeiro lugar, do sistema antiaéreo S-500, do míssil hipersônico Zircon (Zircônio), do complexo perspectivo de aviação de longo alcance e do novo motor para caças de quinta geração T-50.
O diretor-geral do consórcio das forças da defesa aeroespacial da Rússia Almaz-Antey, Yan Novikov, informava anteriormente que no tempo mais próximo o consórcio deve acabar as provas estatais de três mísseis autoguiados antiaéreos com ogivas ativas para equipar os sistemas S-350 Vityaz e sistemas antiaéreos navais e já estão sendo realizados testes do antimíssil guiado para o sistema S-500.
Em abril deste ano, se tornou conhecido que o míssil hipersônico Tsirkon, durante os testes, alcançou uma velocidade que ultrapassa oito vezes a velocidade do som. Com estes mísseis serão provavelmente equipados os submarinos mais modernos da classe Husky e o cruzador nuclear pesado Pyotr Velikiy.
Falando sobre o motor, no outono do ano passado, o diretor-geral da Corporação da Construção de Motores (ODK em russo) Aleksandr Artyukhov assegurou: "Os testes do motor para o complexo de aviação tática começarão no quarto trimestre do ano de 2017.
Com o novo motor, o complexo de aviação pode se tornar uma força séria e moderna. "O relatório analítico que consultei demonstra um sistema bem sofisticado, o que permitirá ao caça russo pelo menos igualar ou, segundo a opinião de alguns especialistas, ultrapassar os caças americanos de quinta geração", comunicou ao portal National Interest o ex-chefe do serviço de reconhecimento da força aérea dos EUA tenente-general David Deptula.
Não apenas a dissuasão nuclear
Em geral, a Rússia, de acordo com a opinião de especialistas ocidentais, está se afastando da ideia da aplicação de força massiva, e até 2035 está planejando confiar em ataques da alta precisão de longo alcance, mas mantendo a capacidade de bombardeamentos de área. O exemplo da Síria mostrou que as armas de alta precisão ainda não são o cavalo de batalha da Rússia, mas os russos estão aprendendo e introduzem este tipo de arma na sua doutrina.
Atualmente a Rússia possui forças armadas convencionais condignas e agora o país já não está dependente das armas nucleares como único fator de contenção.