De acordo com a fonte do canal, Síria foi o tema principal do encontro entre Kislyak e Kushner na Trump Tower. Durante o encontro, supostamente "foram os russos, não Kurshner, que propuseram a ideia de usar uma linha de ligação secreta" entre a administração de Trump e a Rússia, diz o canal, citando a fonte. Dados indicam que a ideia de um canal de transmissão de informação secreta nunca foi discutida, acrescentando que, nas conversações, discutiram somente assuntos ligados à Síria.
Além disso, a fonte informou que o tema do encontro teria sido a "opinião da Rússia que a política da administração [do ex-presidente dos EUA Barack] Obama em relação à Síria deu errado".
O pesquisador sênior do Instituto de Pesquisas dos EUA e do Canadá, Vladimir Vasiliev, acredita que tudo isso leva para o crescimento de um escândalo nos EUA.
"Nos EUA, vem ganhando força uma série de escândalos, relacionados à alegada intervenção da Rússia nas eleições presidenciais e possíveis contatos da equipe de Trump com a parte russa. Agora o caso está sendo investigado pelo procurador especial, o que provocou pânico entre os apoiadores de Trump, porque será inevitável a pergunta: Kushner agiu por seus interesses próprios ou Trump sabia de suas conversações com Kislyak. Mas, em teoria, é pouco provável que Kushner tenha agido sem avisar a Trump. Nestas condições, caso seja provado que Trump estava a par das supostas ligações de seu genro com a Rússia, isso poderia servir como motivo para impeachment. Em outras palavras, por enquanto a situação dependerá de tais afirmações e contra firmações e tal situação permanecerá no futuro, pois tal lógica leva ao escândalo", disse Vladimir Vasiliev em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Ao comentar a situação, o advogado de Kushner disse que seu cliente pode e está pronto para responder, se necessário, às perguntas da FBI e do Congresso sobre seu papel na campanha eleitoral de Trump no âmbito do caso sobre as alegadas ligações com a Rússia.