Para ilustrar tal teoria, a estrela recém-nascida HD 107146 se encaixa perfeitamente, pois ela "esconde" uma galáxia anônima, situada na constelação de Coma Berenices. Em relação à constelação, ela é conhecida também como "praga", pois fecha essa estrela e não permite que astrônomos a observem.
Não obstante, a estrela em questão é muito importante para os cientistas, pois apresenta um disco de gás e pó ao seu redor. A criação de planetas já foi iniciada neste disco, reforçando, assim, sua importância e a tornando um análogo jovem do Sol e do nosso Sistema Solar em geral.
Not our usual @ESA #Hubble Picture of the Week, and yet, such an interesting image. https://t.co/m0aVVXJ8ek pic.twitter.com/bpqGaSgQqf
— HUBBLE (@HUBBLE_space) 29 de maio de 2017
Segundo explicam planetólogos no site oficial da NASA, a luz, emitida pela "galáxia-praga", vinha impedindo a observação da estrela desde 2004, quando foi descoberta a HD 107146 e seu "cortejo" de protoplanetas. Mas, nos últimos anos, a situação começou a mudar graças ao movimento do disco da estrela que pouco a pouco "esconde" a galáxia longínqua.
A descoberta é mais um ponto de partida para futuras buscas de zonas habitáveis no espaço.
Os cientistas da NASA sublinham haver pouco tempo para estudar a descoberta, pois a galáxia será escondida completamente atrás da estrela em 2020. Ao mesmo tempo, está sendo planejado o lançamento do sucessor do Hubble — o telescópio espacial James Webb. Há esperanças que esse telescópio nos ajude a revelar as melhores regiões espaciais para buscar planetas e sistemas parecidos aos nossos.