O PhD em filosofia e professor do departamento de filosofia, sociologia e direito da Universidade Estatal de Transporte do Extremo Oriente (cidade russa de Khabarovsk) se baseia no fato irrefutável que, durante a morte clínica, o cérebro continua vivo apesar da perda do contato sensorial com a realidade e a parada da circulação de sangue. O cérebro morre pouco a pouco: primeiro morrem os neurônios do córtex cerebral, depois — as células-tronco. É quase impossível detectar a duração exata deste processo, pois a redução da atividade física do cérebro, em certo momento, não pode ser capturada por equipamentos modernos.
O médico britânico, Sam Parnia, que se mudou para os EUA em 2013 publicou um livro sobre trazer à vida através da reanimação mesmo depois de 12, 24 e, às vezes, até 72 horas após a morte clínica. Então, reanimar um paciente, cujo coração parou há duas horas, seria possível na maioria dos casos. Este processo é complicado, escrupuloso, caro, mas, no futuro, a reanimação de pessoas será uma prática médica comum. Isto significa que o cérebro continua vivo por muito tempo após a morte e as células dele não se atrofiam 5 minutos, depois da parada cardíaca, como se acreditava antes.
Um grande acervo de casos sobre pessoas em morte clínica pode ser encontrado no livro do PhD em medicina e professor de psiquiatria, Lev Litvak, que passou 26 dias em coma, e, ao sair deste estado, descreveu detalhadamente o que havia sentido. O cientista definiu quatro fases: a 1ª fase é escuridão; 2ª — depressão vital, 3ª — euforia, 4ª — saída do estado terminal. Como Lev Litvak é psiquiatra, ele explica estas fases do ponto de vista psicopatológico.
A realidade subjetiva se torna um fluxo coerente de sensações de onirismo (como se estivesse sonhando) criadas pela atividade espontânea do cérebro. O conteúdo das sensações se deve aos três fatores seguintes: 1) toda a vida da pessoa, incluindo a fase do embrião; 2) estruturas mentais inerentes; 3) ativação de algumas estruturas genéticas por causa do alto estresse, que se trata da morte clínica.
O conceito do cientista se trata da afirmação que pessoas podem influenciar as experiências de quase morte. Para isso, é preciso formar uma concepção positiva do mundo, criar impressões positivas, fixadas no cérebro, que são capazes de resistir aos processos de desintegração durante a morte clínica.Tal percepção do mundo ajuda a diminuir significativamente o risco de depressão profunda e evitar o mundo sombrio, presente nas descrições do inferno. Ao invés disso aumenta a possibilidade de ter sensações vivas e alegres, que costumam ser descritas como paraíso.
Mai um ponto importante da experiência de quase morte, verificado por Yury Serdyukov, consiste no seguinte: como estes processos se realizam sem reguladores naturais de tempo (a luz e os ritmos do coração), subjetivamente, podem durar sem fim. Mas, na realidade, no tempo físico, duram pouco. Por isso, na eternidade subjetiva toda a vida anterior não passa de um episódio.