"A atividade geológica no Polo Sul do Encélado, analisado com a ajuda da sonda Cassini, não poderia ter sido iniciada por si só como resultado dos processos internos no subsolo do planeta. Opinamos que as 'faixas de tigre' estavam localizadas inicialmente mais perto da Linha do Equador e a colisão catastrófica do Encélado com asteroide poderia ter produzido e girado o eixo de rotação da lua em questão", explicou Radwan Tajeddine, pesquisador da Universidade Cornell (EUA).
Em 2005, a sonda espacial Cassini descobriu em Encélado as correntes de corpúsculos de gelo e vapor, que são lançados no espaço a partir das crateras paralelas perto do Polo Sul, mais conhecidas como "faixas de tigre". Tal descobrimento impulsionou os cientistas da NASA a encontrar respostas sobre as fontes do gelo e vapor.
Saturn's icy, ocean-bearing moon Enceladus may have tipped over in the distant past due to a collision w/ asteroid: https://t.co/mj9aoKKNRp pic.twitter.com/u3pgk4ihHD
— NASA (@NASA) 30 de maio de 2017
Para entender a aparência atual do satélite de Saturno, os cientistas encarregados pela pesquisa analisaram a topografia da superfície de Encélado em busca de processos geológicos para responder à questão quanto à existência de gêiseres no seu Polo Sul.
Além disso, como opinam os cientistas, o asteroide teria "perfurado" a camada gelada do Polo Sul e causado o aparecimento de gêiseres e outros traços da atividade interna, registrados pela sonda Cassini em suas fases anteriores na órbita de Saturno. Tal teoria explica as diferenças no aspecto dos polos e causa a discussão entre os cientistas quanto à existência de vida no Encélado não apenas no momento atual, mas em um passado distante.