O desmembramento das apurações envolvendo as delações de Joesley e Wesley Batista, que apontavam para o presidente da República Michel Temer, o seu assessor Rodrigo Rocha Loures, e para o próprio Aécio, foi determinado pelo relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin.
Fachin entendeu que as suspeitas em torno do tucano diferem daquelas que respingam sobre os peemedebistas. Se Temer e Loures auxiliaram a empresa junto ao governo em troca de dinheiro, Aécio teria feito o mesmo junto ao Congresso Nacional.
O mesmo inquérito sobre o senador tucano inclui as condutas da jornalista Andrea Neves – irmã de Aécio –, Frederico Pacheco de Medeiros – primo do tucano –, e o ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima.
Andrea e Frederico Pacheco já foram presos pela Polícia Federal.
Caberá a Marco Aurélio Mello determinar quando o inquérito será levado ao plenário do STF. Antes, o ministro deverá analisar o pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que em duas oportunidades já pediu a prisão de Aécio.
A defesa do senador afastado nega as acusações de favorecimento junto aos executivos da JBS, classificando que Aécio foi “vítima de uma armação”. Quanto ao pedido de prisão, a defesa do tucano diz não existir os elementos necessários para que o pedido da PGR seja acolhido.