Um deles, Daniel Fried, disse que seus colegas estavam "preocupados com a possibilidade de a administração Trump, a equipe entrante, levantar unilateralmente as sanções contra a Rússia" impostas após a crise na Ucrânia "sem pedir qualquer contrapartida" da parte de Moscou.
Outro diplomata, Tom Malinowski, ex-secretário de Estado adjunto para os Direitos Humanos, começou a fazer pressão sobre o Congresso para manter as sanções.
De acordo com Malinowski, a equipe de Trump recuou quando percebeu que o levantamento das sanções seria terrível, dadas as revelações sobre a possível relação entre sua campanha e a alegada interferência russa nas eleições.
"Teria sido uma vitória completa para Moscou", disse Malinowski.
Um alto funcionário da Casa Branca confirmou que a administração tinha começado a explorar mudanças nas sanções contra a Rússia como parte de uma revisão da política mais ampla que ainda está em curso.
Logo após a tomada de posse de Trump, o Departamento de Estado recebeu o pedido de elaborar opções para melhorar as relações com a Rússia em troca da cooperação russa na guerra contra a organização terrorista Daesh na Síria, de acordo com dois ex-funcionários.
Depois houve o escândalo envolvendo Michael Flynn, o assessor da Segurança Nacional, que apresentou sua demissão em fevereiro, reconhecendo ter discutido assuntos políticos, incluindo o alívio das sanções, no final de 2016 com o embaixador da Rússia nos EUA, Sergei Kislyak.
Depois disso, "não demorou muito para perceber que se as sanções fossem levantadas, haveria uma tempestade política", disse Malinowski.