A empresa biotecnológica Tiziana Life Sciences conseguiu superar a última barreira legal para receber acesso aos dados genéticos de quase 13.000 residentes da ilha. A companhia comprou a empresa Shardna SpA, especializada na investigação genômica, por 290 milhões de dólares (R$ 942 milhões).
"Este é um momento decisivo", disse Gabriele Cerrone, fundadora da Tiziana Life Sciences. O possível "tesouro escondido" no genoma poderá ajudar a desenvolver novos tratamentos e terapias contra o envelhecimento, disse.
Os habitantes da Sardenha são conhecidos por sua vida longa — a probabilidade de chegar a 100 anos é aproximadamente cinco vezes maior do que nos EUA. Mas, além da longevidade, do ponta de vista genético apresenta interesse a prevalência de calvície, esclerose múltipla e "olho seco", que ocorre quando as pessoas não podem produzir lágrimas suficientes, de acordo com Cerrone.
Usando os dados da Sardenha, a Tiziana não procura "criar uma pílula mágica para a longevidade", bem como saber mais sobre os fatores que contribuem para uma vida mais longa, afirma a diretora da empresa, especializada em câncer e doenças imunológicas.