O especialista militar do jornal russo Komsomolskaya Pravda, ex-coronel Viktor Barenets, sublinhou que o novo porta-aviões norte-americano "está batendo recordes".
"A obsessão por coisas grandes, que caracteriza o Pentágono e a Casa Branca, continua. É realmente um recorde mundial. O porta-aviões custou cerca de 13 bilhões de dólares, o que equivale ao custo de cerca de seis submarinos atômicos da classe mais elevada. Os norte-americanos pretendem equipar o USS Gerald R. Ford com muitos mais aviões em comparação com os outros porta-aviões da classe Nimitz. O novo navio transportará a bordo cerca de 150 aviões. Além disso, há outras inovações: americanos substituíram as catapultas a vapor por eletromagnéticas. É claro que eles encheram o porta-aviões com novos armamentos, nomeadamente mísseis. O comprimento deste navio também representa um recorde — 337 metros", disse Viktor Barenets ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Não obstante, após os testes do novo míssil antinavio hipersônico de cruzeiro Tsirkon, o programa dos EUA de construção de mais uma porta-aviões deste tipo provoca dúvidas.
"Há pouco começamos a testar o míssil hipersônico Tsirkon, cuja velocidade supera oito vezes a velocidade do som. Ora, no momento em que o USS Gerald R. Ford foi lançado ao mar, os generais norte-americanos se puseram a pensar: agora os russos têm estes armamentos, que podem transformar seu navio em uma vala comum no fundo dos mares e oceanos. No momento, o Pentágono está sendo abalado por discussões sérias se é necessário desenvolver esta obsessão por coisas grandes, continuar construindo tais navios, pois os russos acabaram de desenvolver este armamento, sendo os engenheiros e construtores americanos há muito incapazes de produzir um ‘antídoto'", sublinhou o especialista.