O plano foi detalhada pelo Projeto de História Internacional de Proliferação Nuclear do Centro Internacional Woodrow Wilson. Segundo os pesquisadores, a ideia era intimidar os países vizinhos como Jordânia, Egito, Iraque e Síria.
Avner Cohen, estudioso da trajetória nuclear de Israel e pesquisador no Woodrow Wilson, explicou em entrevista ao site do think thank:
"Para ser claro, a operação seria puramente demonstrativa, no entanto, o esforço para fazer um plano de contingência como esse possível mostra a enorme ansiedade em Israel naqueles dias… Se tudo falhasse e a existência nacional de Israel estivesse em perigo, o estado ainda teria uma carta na manga."
O ex-chefe de gabinete israelense Zvi Tzur afirmou durante uma entrevista, em 2001, que a ideia de Israel era mostrar que deveria ser "levado a sério".
"Eu não estou falando sobre a criação de uma arma capaz de acabar com o mundo. Estou falando sobre a opção de um teste que faria as pessoas entenderem que deveríamos ser levados a sério. Naqueles dias, nem tínhamos essa opção", disse Tzur.
O país árabe nunca reconheceu ter um arsenal nuclear, e caso Israel tivesse executado seu plano nuclear em 1967, seria a primeira vez que uma explosão nuclear aconteceria fora de um teste desde que os Estados Unidos bombardearam as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945.