Especialista militar: Moscou é capaz de repelir qualquer ataque e os EUA sabem disso

© Sputnik / Acessar o banco de imagensSoldado da Força de Defesa Antiaérea russa no painel de controle de tiro na região de Moscou
Soldado da Força de Defesa Antiaérea russa no painel de controle de tiro na região de Moscou - Sputnik Brasil
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Moscou é a cidade mais bem protegida de qualquer ataque nuclear, escreve a revista The National Interest. O especialista militar Oleg Glazunov comenta ao serviço russo da Rádio Sputnik as conclusões tiradas pelos especialistas norte-americanos.

"No mundo existe apenas uma cidade que está protegida por mísseis com ogivas nucleares — é Moscou", escreve a revista.

A capital da Rússia é a única cidade do nosso planeta que está coberta por um "escudo nuclear", acrescenta a edição.

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A revista destaca que o Tratado sobre Mísseis Antibalísticos (ABM), assinado pelos Estados Unidos e União Soviética em 1972 (com o objetivo de limitar o número de mísseis desse tipo usados para defender certos lugares contra mísseis com ogivas nucleares), contém uma exclusão — o acordo não proibiu todos os sistemas de defesa antimíssil. Cada integrante do acordo poderia possuir um sistema desses, não ultrapassando os 100 mísseis. Segundo aponta o NI, o sistema poderia ser implantado em qualquer lugar.

Os Estados Unidos decidiram instalar o seu sistema Safeguard ao redor da base aérea militar Grand Forks no estado do Dakota do Norte, que funcionou por um curto período e logo depois foi desmantelado.

Enquanto isso, na União Soviética a situação era outra — se Moscou tivesse sido destruída por uma bomba nuclear, o país perderia a capacidade de responder ao ataque, pois todo o comando se encontrava na capital.

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Isso resultou na instalação do sistema A-35, que consistia de uma rede de defesa antiaérea que deveria garantir a sobrevivência de Moscou em caso de guerra nuclear.

Se levarmos em consideração que o potencial nuclear de ambos os países não parou de crescer, nos anos 70 o sistema A-35 foi substituído por um mais novo — o A-135. Ao projeto de 32 rampas foram adicionados 68 novos sistemas, sendo assim, Moscou atingiu o limite de 100 instalações acordado pelo Tratado sobre Mísseis Antibalísticos (ABM).

Tendo em conta toda a situação, o analista em ciências militares da Universidade de Economia Plekhanov russa, Oleg Glazunov, expressou sua opinião ao serviço russo da Rádio Sputnik:

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"Nós possuímos o sistema automático Perimetr que é capaz de efetuar uma resposta de retaliação a qualquer ataque nuclear e que permite realizar um contra-ataque mesmo em caso de eliminação do comando. Além disso, o nosso sistema de defesa antiaéreo tem sempre ultrapassado os norte-americanos em 30-40 anos. Os sistemas de mísseis antiaéreos S-400 e S-500 — são supermodernos. O sistema de defesa antimíssil dos EUA não faz sombra ao nosso sistema de defesa antiaéreo, sempre tivemos vários níveis de intercepção de mísseis, Moscou sempre esteve bem protegida e os norte-americanos sabem-no. Talvez esse fato seja um fator que os contenha. Enquanto temos as valorosas tropas do sistema de defesa antiaéreo nos protegendo, podemos dormir tranquilamente."

© Sputnik / Mikhail Voskresensky / Acessar o banco de imagensSistema de defesa antiárea russo S-400 Triumf, região de Moscou, Rússia
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No entanto, o analista político continua dizendo que não é correto acreditar que Rússia está se preparando para uma guerra nuclear.

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"Os EUA não escondem que Rússia e China são seus adversários principais. É preciso levar em consideração a propaganda antirrussa que se difunde hoje e como os norte-americanos tentam nos testar. Por isso, é necessário um trabalho escrupuloso, devemos estar prontos para repelir qualquer ataque. E estamos prontos para fazê-lo. Não vamos atacar primeiro, mas o nosso ataque de resposta poderá ser tal, que os norte-americanos passarão um mau bocado, e eles têm que saber isso", concluiu.

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