Respondendo à pergunta sobre que influência pode ter este passo no combate entre a coalizão internacional e o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia), o especialista disse:
"Não tenho certeza se isso vai afetar diretamente a luta contra o Daesh."
"O mais provável é que isso crie alguns problemas técnicos e logísticos para a Alemanha, provocando, ao mesmo tempo, vários problemas para a base de Incirlik, pois eles terão que definir de novo seus regulamentos e estratégias", explicou o especialista.
A retirada das forças alemãs da base militar de incirlik resultou de uma decisão da Turquia, que negou aos parlamentares a possibilidade de visitar seus soldados aquartelados na instalação turca. A Turquia argumentou este passo citando a decisão de Berlim de dar abrigo aos soldados turcos após a tentativa de golpe empreendida no ano passado.
"A recolocação das tropas alemães da base aérea de Incirlik será o passo mais significativo e duro da Alemanha", disse o especialista, acrescentando que "há muitas possibilidades que ouçamos muitos discursos agressivos", especialmente da Turquia.
"Eles não podem destruir essa relação porque a Turquia… precisa da Europa, sendo a Alemanha uma das principais forças da Europa no momento", disse o especialista, sublinhando que a Alemanha e Turquia são também parceiros importantes na área do comércio.
Comentando as opções possíveis para Berlim recolocar suas tropas, o especialista disse:
"A Jordânia parece ser uma das melhores opções possíveis para a Alemanha. Mas, segundo alguns rumores, eles talvez transfiram sua força aérea e soldados para o Chipre."
Além disso, Ahmet Erdi Ozturk notou que a transferência dos militares "levará cerca de dois meses", e "isso é muito tempo" em termos de luta eficiente contra os grupos terroristas.