A parte russa está segura de que a alta intensidade das conversações russo-chinesas "é a evidência de um diálogo construtivo em redor dos complexos problemas da segurança global e regional".
"Hoje em dia, a cooperação político-militar entre a Rússia e a China não tem precedentes. É uma cooperação nos âmbitos técnico-militar e puramente militar que evoluiu ao longo dos anos", destaca o analista citado pela edição Svobodnaya Pressa.
De acordo com Sanakoev, não se trata somente de teoria e de documentos, mas também de ações concretas e práticas, tais como exercícios militares conjuntos.
"Tendo em conta o fato da nossa cooperação já estar a um nível muito alto, o documento atual é, digamos, uma sistematização destas relações. […] Trata-se de um passo normal na interação que já temos", explicou Sanakoev ao jornal.
A celebração de um roteiro destaca, contudo, a importância das relações bilaterais. Apesar de carecerem do nome formal de "aliança", é isso que são "de fato" Moscou e Pequim: aliados.
Esta interação dos dois maiores exércitos do mundo deve resfriar as "cabeças quentes" dos que querem defender o formato de um mundo unipolar e a hegemonia de somente um país a qualquer preço, pondo em perigo a paz, opina Sergei Sanakoev.
Na opinião dele, não se pode excluir que, caso se produza alguma crise na Ásia Central ou Oriente Médio que afete os interesses de ambos os países, tenha lugar uma operação militar conjunta.
"Em qualquer caso, do ponto de vista militar, tudo estaria preparado para isso", concluiu Kashin.