"Queremos levar a julgamento os estados da OTAN que participaram da agressão contra a Iugoslávia. São 20 estados que participaram direta ou indiretamente disso. Os processos direcionados direcionam diretamente a cada um desses estados", disse Aleksic à Sputnik Sérvia.
"Nós acreditamos que isso é da competência dos tribunais nacionais. Estes Estados violaram os princípios estabelecidos no 7º capítulo da Carta das Nações Unidas, que proíbe a agressão contra qualquer Estado. Além disso, a OTAN violou os capítulos 5 e 6 de sua própria carta, uma vez que é uma aliança defensiva e não ofensiva. Trata-se de uma violação do direito internacional, em particular das convenções que proíbem a agressão e o uso da força contra Estados soberanos", explicou o advogado.
Os membros da equipe de Aleksic devem preparar cerca de 20 casos apoiados por provas materiais convincentes, como documentos médicos que indicam uma conexão entre o uso de munições de urânio empobrecidas durante o bombardeio e o aumento do número de doenças oncológicas na Sérvia nas últimas duas décadas.
"Eles lançaram entre 10 para 15 toneladas de urânio empobrecido no território da ex-Iugoslávia. O aumento no número de pacientes com câncer causou sérias preocupações. Tumores malignos são encontrados anualmente em 33 mil cidadãos sérvios. Todos os dias, esta terrível doença é diagnosticada em pelo menos uma criança em nosso país. Em comparação com 1999, o número de pacientes com câncer aumentou cinco vezes, principalmente no sul da Sérvia, bem como no Kosovo e Metohija ", disse Aleksic.
"Todas as nossas declarações são evidenciadas pelo fato de que 45 soldados italianos que serviram nas áreas do Kosovo foram afetadas pelo bombardeio com urânio empobrecido e eventualmente sofreram câncer. O tribunal reconheceu o fato de que a responsabilidade pelo incidente deve ser suportada pelo Estado da Itália e agora paga uma séria compensação, de €200.000 para €1.200.000 para cada pessoa diagnosticada com a doença. Nosso processo será baseado nisso", disse o advogado.
O processo também levará em conta as consequências do uso de bombas de fragmentação, resultando em numerosas vítimas fatais, bem como os bombardeios de instalações químicas e petrolíferas que danificaram o meio ambiente.
O bombardeio matou centenas de civis e destruiu a infraestrutura do país, incluindo pontes, usinas industriais e edifícios públicos.