Trump afirmou ainda está disponível a prestar esclarecimentos e dar a sua versão sob juramento no Senado dos Estados Unidos, que prossegue com as apurações em torno de uma possível relação entre o republicano e autoridades russas.
“Eu não disse isso”, disse o presidente a jornalistas na Casa Branca, quando perguntado sobre a versão de Comey relativa à investigação do antigo conselheiro de segurança nacional Michael Flynn.
Demitido por Trump no mês passado como chefe do FBI, Comey deu a sua versão dos fatos em testemunho prestado a um painel de senadores dos EUA na última quinta-feira.
Perguntado se ele estaria disposto a dar sua versão dos eventos sob juramento, Trump respondeu: “100%”. Ao seu lado estava o presidente da Romênia, Klaus Iohannis, que teve um encontro com o presidente dos EUA nesta sexta-feira.
Trump ainda avaliou que o depoimento de Comey apenas reforçou que não houve conluio ou obstrução das investigações. Ele ainda chamou o ex-diretor do FBI de “vazador”, em referência aos memorandos das apurações que Comey teria repassado, segundo ele, a jornalistas.
Terrorismo
Trump ainda aproveitou a coletiva para falar sobre a situação do Qatar e dos seus vizinhos no Golfo Pérsico. O presidente dos EUA chamou a atenção do país árabe, que teria laços históricos, nas palavras de Trump, com organizações terroristas.
“[Os funcionários dos EUA] decidiram que o tempo tinha chegado a pedir ao Qatar para acabar com o seu financiamento… Eu quero chamar todas as outras nações para que parem imediatamente de apoiar o terrorismo, parem de ensinar as pessoas a matar outras pessoas [e] parar de preencher suas mentes com o ódio E intolerância”.
Ele reforçou as palavras do secretário de Estado, Rex Tillerson, que pediu que o emir do Qatar, Tamim ben Hamad al Thani, tome atitudes a respeito de maneira mais rápida.
Trump ainda voltou a afirmar que os EUA seguirão comprometidos com a OTAN, apesar de não ter endossado a organização em sua recente viagem para o encontro com outros líderes do bloco em Bruxelas, na Bélgica.
“Estou comprometendo os Estados Unidos ao artigo 5. Certamente, estamos lá para proteger. Essa é uma das razões pelas quais eu quero que as pessoas se assegurem de que temos uma força muito, muito forte, pagando os tipos de dinheiro necessários para ter essa força”, disse.