No sábado, a embaixada dos EUA no país asiático anunciou que as Forças Especiais do Pentágono forneceriam apoio militar logístico para ajudar a combater milícias islâmicas no sul do das Filipinas.
O exército de Manila está em uma complicada luta para expulsar uma rebelião islâmica aliada do Daesh que começou em 23 de maio, na ilha de Mindanao.
Esta não é a primeira vez que o presidente das Filipinas repele uma parceria com os Estados Unidos. Duterte já chamou o ex-presidente Barack Obama de "filho de uma prostituta" e prometeu fechar as bases militares estadunidenses no arquipélago, afirmando que a Rússia e a China fornecerão toda a ajuda militar e financeira que o país precisa.
Entretanto, ainda não está claro como as Forças Especiais dos EUA conseguiram autorização local para se juntar à luta — o que indica que os militares filipinos podem ter feito o pedido de ajuda sem avisar o presidente.
Um porta-voz do Exército das Filipinas afirmou no sábado à Reuters que as forças militares dos EUA estavam fornecendo apoio logístico e de reconhecimento, mas que elas não estavam envolvidas diretamente nos confrontos. O porta-voz também confirmou a versão do Pentágono de que o auxílio foi requisitado por uma agência não identificada do governo Duterte.
Uma declaração do governo das Filipinas observou que as forças dos EUA estão proibidas de se envolver em combates no país, acrescentando, no entanto, que "a luta contra o terrorismo […] não é apenas a preocupação das Filipinas ou dos Estados Unidos, mas é uma preocupação de muitas nações ao redor do mundo".
"As Filipinas estão abertas à assistência de outros países, se houver oferta", de acordo com o comunicado obtido pela Reuters.
Cerca de 300 pessoas foram mortas nos combates, incluindo militantes, combatentes do exército filipino e civis. Aproximadamente 250 mil pessoas tiveram que deixar suas casas por conta do confronto.