Após EUA enviar ajuda militar, presidente das Filipinas diz que nunca solicitou auxílio

© REUTERS / CZAR DANCELO presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, no aeroporto internacional Ninoy Aquino em 13 de dezembro
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, no aeroporto internacional Ninoy Aquino em 13 de dezembro - Sputnik Brasil
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Após os Estados Unidos anunciarem que forneceriam ajuda logística ao Exército das Filipinas, o presidente local, Rodrigo Duterte, afirmou neste domingo (11) que nunca chegou a solicitar auxílio.

No sábado, a embaixada dos EUA no país asiático anunciou que as Forças Especiais do Pentágono forneceriam apoio militar logístico para ajudar a combater milícias islâmicas no sul do das Filipinas.

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Duterte, entretanto, afirmou em declarações à Reuters que "nunca procurou a América" ​​para buscar assistência militar e "não teve conhecimento disso até a sua chegada".

O exército de Manila está em uma complicada luta para expulsar uma rebelião islâmica aliada do Daesh que começou em 23 de maio, na ilha de Mindanao.

Esta não é a primeira vez que o presidente das Filipinas repele uma parceria com os Estados Unidos. Duterte já chamou o ex-presidente Barack Obama de "filho de uma prostituta" e prometeu fechar as bases militares estadunidenses no arquipélago, afirmando que a Rússia e a China fornecerão toda a ajuda militar e financeira que o país precisa.

Entretanto, ainda não está claro como as Forças Especiais dos EUA conseguiram autorização local para se juntar à luta — o que indica que os militares filipinos podem ter feito o pedido de ajuda sem avisar o presidente.

Um porta-voz do Exército das Filipinas afirmou no sábado à Reuters que as forças militares dos EUA estavam fornecendo apoio logístico e de reconhecimento, mas que elas não estavam envolvidas diretamente nos confrontos. O porta-voz também confirmou a versão do Pentágono de que o auxílio foi requisitado por uma agência não identificada do governo Duterte.

Uma declaração do governo das Filipinas observou que as forças dos EUA estão proibidas de se envolver em combates no país, acrescentando, no entanto, que "a luta contra o terrorismo […] não é apenas a preocupação das Filipinas ou dos Estados Unidos, mas é uma preocupação de muitas nações ao redor do mundo".

"As Filipinas estão abertas à assistência de outros países, se houver oferta", de acordo com o comunicado obtido pela Reuters.

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Duterte declarou a lei marcial em Mindanao depois que os combatentes islâmicos tomaram a cidade de Marawi. O presidente afirmou que, sob a lei marcial, ele poderia controlar o Exército. Duterte não comentou sobre a possibilidade dos militares filipinos terem requisitado ajuda sem seu consentimento, mas afirmou: "nossos soldados são pró-americanos, isso eu não posso negar".

Cerca de 300 pessoas foram mortas nos combates, incluindo militantes, combatentes do exército filipino e civis. Aproximadamente 250 mil pessoas tiveram que deixar suas casas por conta do confronto.

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