Diretor sênior de assuntos congressionais no Instituto Coreano de Economia da América, Troy Stangarone afirmou, ao site KEI's The Peninsula, a análise estatística tem por base os números de testes a partir de 2012, quando Kim assumiu o poder em Pyongyang.
“Desde que assumiu liderança na Coreia do Norte, Kim Jong-un promoveu uma média de 10,8 testes de mísseis por ano no período 2012-2016. No entanto, esses números são impulsionados pelo maior volume de testes nos últimos anos”, afirmou.
Foram oito testes balísticos em 2012 e 2013 e, se excluídos esses dois primeiros anos, a média de testes sobe para 15,3 ao ano, considerando somente os dados do período 2014-2016, explicou Stangarone.
A Coreia do Norte já conduziu cinco testes balísticos desde que Moon Jae-in assumiu o poder na vizinha Coreia do Sul. Segundo o especialista, a premissa não é incomum, dado que Pyongyang realizou sete testes em um período de quatro semanas em 2014.
“Se os testes dos norte-coreanos continuarem no mesmo ritmo que este ano, devemos esperar um novo teste de mísseis a cada 2,1 semanas e outros testes, de 13 a 14 [em 2017]. Se for esse o caso, a Coreia do Norte excederia o número total de testes de mísseis do ano passado em três a quatro testes”, avaliou.
Considerando os meses de 2012 para cá, a média era de 0,25 naquele ano, subindo em 2013 (0,42) e 2014 (1,3), caindo em 20125 (0,83), e voltando a subir em 2016 (1,7) e 2017 (1,8), segundo os cálculos do especialista, que pediu atenção à comunidade internacional.
“A comunidade internacional deve estar preparada para responder mais rapidamente ao ritmo avançado dos testes de míssil da Coreia do Norte, preparando um cardápio de aperto das opções multilaterais de sanções que tenham sido informalmente acordadas antecipadamente”, concluiu.