Outro fator que desempenhou papel importantíssimo trata-se da estratégia flexível escolhida pelas autoridades israelenses em relação à compra de aeronaves de outros países.
Durante muitos anos, israelenses utilizaram diferentes métodos para equipar sua Força Aérea com vários modelos de caças. Durante os primeiros anos da existência de Israel como Estado, suas Forças Armadas eram principalmente equipadas com aeronaves compradas do Reino Unido ou da França.
Devido ao agravamento das relações entre Tel Aviv e Paris em 1967 através do embargo executado pela França quanto às entregas de armas a Israel, as autoridades israelenses começaram a comprar aeronaves dos EUA.
"No final dos anos 60 do século passado, a Força Aérea de Israel começou a comprar caças táticos F-4 Phantom II e, na segunda metade dos anos 70, compraram os F-15 Eagle [dos EUA]", escreve o colunista da revista The National Interest.
Outros caças adquiridos do seu aliado norte-americano, como os caças F-15I Thunder e F-16I Storm, foram aperfeiçoados com equipamento técnico modernizado ou aumento de alcance, fazendo com que correspondam aos padrões da Força Aérea de Israel.
Sem dúvidas, os aperfeiçoamentos em questão permitiram com que a Força Aérea israelense lutasse a longas distâncias de suas bases, escreve Farley.
"A atual estratégia aeroespacial de Israel depende do estado de suas relações com os EUA. Trata-se da disponibilidade de plataformas, como da continuidade de desenvolvimento tecnológico mútuo [entre EUA e Israel]. Felizmente, agora não há razões para esperar que este aspecto de cooperação entre os dois países seja afetado em um futuro próximo", concluiu o colunista.