Durante um encontro com o Comitê de Defesa do país, o ministro da Defesa da Suécia, Peter Hultqvist, deixou claro que Estocolmo pretende aceitar o convite britânico para a JEF, apesar de ter rejeitado anteriormente essa ideia. Com a participação crescente da Suécia, tradicionalmente não-alinhada, em várias estruturas afiliadas à OTAN, sendo esta uma questão polarizadora, a perspectiva de abandonar ainda mais o terreno da neutralidade reavivou o debate.
"Basicamente, esta é uma boa decisão. Ela envia um sinal claro que a Suécia se está juntando aos países ocidentais. Além disso, é importante que seja uma força de resposta rápida", disse o porta-voz conservador para a Defesa, Hans Wallmark, ao jornal sueco Svenska Dagbladet.
No entanto, o porta-voz da esquerda para a Defesa, Stig Henriksson, ficou desapontado pela perspectiva de se juntarem ao JEF liderado pelo Reino Unido.
Desde então, no entanto, a retórica da Suécia sobre ser ameaçada pela persistente "agressão russa" se agudizou, o que muitas vezes é usado como pretexto para uma maior colaboração militar com a OTAN. Em abril de 2017, as Forças Armadas suecas reavaliaram a situação e chegaram à conclusão que a participação da Suécia na JEF realmente teve "efeitos positivos para ela".
Durante a reunião de ontem, o presidente do Comitê de Defesa, Allan Widman, perguntou a Hultqvist sobre as implicações do pré-requisito de que a JEF possa ser acionado em "em todos os níveis de conflito" e se a participação da Suécia foi excluída ou não no caso de uma "situação do Artigo 5" da Convenção da OTAN sobre autodefesa coletiva.
"A única parte substantiva da resposta foi que o ministro da Defesa não queria se envolver em especulações", disse Widman ao Svenska Dagbladet.
A Força Expedicionária Conjunta do Reino Unido (JEF) foi lançada como uma iniciativa da OTAN na Cúpula no País de Gales de 2014 e é composta por Dinamarca, Noruega, Estônia, Letônia, Lituânia e Holanda. Embora a JEF seja formalmente independente da OTAN (e distinta da própria força de resposta rápida da OTAN, NRF), ela está, no entanto, intimamente ligada à organização, operando "sob as doutrinas e os padrões da OTAN".