Segundo o militar iraniano, os ataques, como os de 7 de junho em Teerã, são preparados e realizados com gestão, apoio e monitoramento destes dois países.
"Hoje em dia, o efeito devastador do terrorismo que a Arábia Saudita e os EUA apoiam, bem como alguns outros países reacionários da região, pode ser visto no Iraque, na Síria, no Afeganistão, no Iêmen e em alguns países europeus", adiantou.
O fato de os serviços secretos americanos "fecharem os olhos" a tais casos e amamentarem o Daesh com novos recrutados encaixa no projeto batizado como Ninho de Vespas. Esta ideia foi expressa pelo especialista iraniano em assuntos americanos, o cientista político Ali Reza Rezakhah.
"Aquilo que Jazayeri falou não é sensação nenhuma. Há uma ligação direta entre a Arábia Saudita e agrupamentos terroristas que atuam na região. É um fato que não pode ser rechaçado", realçou. "Por outro lado, a Arábia Saudita é a mão com a qual os EUA concretizam seus planos ambiciosos, por exemplo, para criar e alimentar os terroristas em vários cantos do mundo", adiantou.
O analista acrescentou que dirigir os agrupamentos terroristas como fantoches é uma parte da estratégia de "segurança nacional", levada a cabo pelos Estados Unidos há muito tempo.
Para os americanos, tal jogo é importante já que, por um lado, deste modo os EUA conseguem causar o confronto entre países muçulmanos no Oriente Médio, criando um caos, afirma Rezakhah. E por outro — Washington se livra de uma ameaça adicional, representada por estes recrutados contra os próprios EUA.
"É por isso que eles tentam fazer com que os [recrutados] saiam do país diretamente para os ‘pontos quentes'. […] Isto é, de fato, o controle e gestão do terrorismo por parte dos EUA", resumiu.
Outro especialista iraniano em assuntos internacionais do Centro de Pesquisa da Universidade de Teerã, Mojtaba Jalalzadeh, assinalou que o Daesh, "gerenciado pelos EUA com a ajuda do dinheiro do petróleo saudita", representa uma ameaça não apenas ao Irã e à região do Oriente Médio, mas é um temor maligno para toda a Europa.
"Hoje em dia, a política, conduzida pelo presidente americano Donald Trump, carece de lógica, tem erros e visa apoiar o terrorismo. Particularmente, os serviços secretos americanos têm toda a consciência de que ‘o Padrinho' de todos os terroristas é o clã governante da Arábia Saudita, contudo ignoram tudo isso, inclusive os ataques terroristas em Paris, Londres e outros lugares europeus. Entretanto, os EUA apoiam o Exército de Guardiães da Revolução Islâmica por benefícios econômicos buscados por Trump", explicou.