Falando sobre o provável encontro esperado entre os líderes russo e americano durante a próxima cimeira do G20 em julho, na Alemanha, Putin afirmou que os dois países têm esferas nas quais a cooperação é possível. Particularmente, em não proliferação das armas nucleares.
Além disso, pode ser iniciado um diálogo sobre os problemas ambientais.
"Temos que nos empenhar no combate à fome a nível mundial… É uma catástrofe, um dos motivos para o surgimento do radicalismo e terrorismo", sublinhou Putin. "Outra coisa é a luta contra a fome, o combate à influência negativa sobre o ambiente. Conhecemos a postura da administração atual [americana] quanto aos acordos de Paris, mas o presidente Trump não se recusa a dialogar sobre isso. Não faz sentido chegar a acordo nessa esfera sem participação dos EUA", resumiu.
Além disso, Vladimir Putin sublinhou que Moscou e Washington se debruçaram juntos sobre o problema do programa nuclear iraniano, ou seja, há alguns exemplos de uma cooperação frutífera.
"Ou seja, podemos encontrar um consenso, podemos trabalhar juntos. [No que se trata do] problema sírio, do problema do Oriente Médio, é evidente que sem um trabalho construtivo conjunto não se vai conseguir nada", adiantou.
"Estamos dispostos a um diálogo construtivo", assinalou, expressando a esperança que os dois países consigam resolver juntos os problemas sírio e ucraniano.
Ao mesmo tempo, o líder russo destacou que "os vestígios da intervenção e dos interesses americanos estão por toda a parte, onde quer que se aponte no globo".
"Peguem em um globo, o rodem, apontem com o dedo para qualquer lugar, e vocês vão encontrar lá interesses americanos. E lá também, certamente, haverá a sua intervenção. Eu sei disso através de conversas com os líderes de quase todos os países. [Eles] não querem brigar com os americanos, por isso ninguém fala disso de forma aberta", confessou.