Coreia do Norte ameaça acelerar programa nuclear se EUA seguirem 'hostis'

© REUTERS / KCNALançadores múltiplos de foguetes vistos quando estavam disparando durante um treinamento em lugar desconhecido da Coreia do Norte.
Lançadores múltiplos de foguetes vistos quando estavam disparando durante um treinamento em lugar desconhecido da Coreia do Norte. - Sputnik Brasil
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A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira que poderá acelerar o desenvolvimento do seu programa nuclear se os Estados Unidos se mantiverem “hostis” por meio de uma rede de sanções ao regime de Kim Jong-un.

Em um comunicado à imprensa, o Ministério de Relações Exteriores norte-coreano mencionou que “as sanções e pressões desprezíveis impostas” à Coreia do Norte “chegaram ao extremo”, e elas seriam fruto de uma “política extremamente hostil dos EUA” contra o país asiático.

Em resposta, o governo norte-coreano que o seu foco é “acelerar ainda mais o fortalecimento de sua força nuclear para erradicar a base da agressão e todos os males”, segundo o ministério, em tradução divulgada pela agência estatal norte-coreana KCNA.

Desde que assumiu a Casa Branca, em janeiro, o presidente norte-americano Donald Trump tem buscado pela “máxima pressão” sobre Pyongyang, a fim de trazer Kim Jong-un para a mesa de negociações e tratar da desnuclearização da Península Coreana.

Na mesma nota divulgada nesta sexta-feira, a Coreia do Norte criticou Washington por buscar implementar mais e mais sanções, as quais atingem ainda a  “suprema dignidade” do país. Além disso, o governo comunista deu números que mostram o tamanho da sanções – algo incomum vindo de Pyongyang.

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“Um cálculo rápido mostra que 15 órgãos do partido e do governo (comunistas), 73 outras empresas e entidades e cerca de 90 indivíduos da Coreia do Norte estão atualmente colocados na lista de sanções, juntamente com 16 aviões e 20 navios comerciais, mas praticamente nenhum deles é associado à área de munições”, diz o comunicado.

Por fim, o governo norte-coreano culpa os EUA por prejuízos causados a empresários chineses e russos em razão das sanções. Segundo o regime comunista, tudo isso integra o plano norte-americano de derrubar o governo de Kim Jong-un e tornar o país uma nação capitalista.

Congelar programa nuclear é premissa para Seul conversar

Também nesta sexta-feira o governo sul-coreano declarou que aceita conversar com a Coreia do Norte, desde que o vizinho aceite congelar o seu programa nuclear. A pré-condição foi mencionada pelo ministro da Unificação, Cho Myoung-gyon, e reforçou o que já havia sido dito pelo presidente do país, Moon Jae-in.

“As duas Coreias devem tomar uma iniciativa em (gerenciar) seu relacionamento. Mas muitos fatores internacionais estão ligados a isso e, em particular, (como resolver) o problema nuclear da Coreia do Norte é importante”, ponderou Cho em entrevista a um grupo de repórteres.

O ministro sul-coreano disse ainda que fará esforços para a libertação de seis cidadãos da Coreia do Sul que foram presos recentemente pelos norte-coreanos.

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