"[Donald] Trump não inovou, o que ele fez é retornar a uma política falida, uma política da Guerra Fria", afirmou Bruno Rodriguez em uma coletiva de imprensa em Viena.
Rodriguez classificou o episódio de "espetáculo grotesco". O chanceler disse que Havana "nunca negociará sob pressão ou ameaça". "Cuba não fará concessões que tragam prejuízo a sua soberania", disse Rodriguez. "Nós nunca fizemos na história da revolução."
Cuba tem intenção de ter diálogo e cooperação no "campo de interesse mútuos", com base na "igualdade e o respeito absoluto por nossa soberania e independência", afirmou o político cubano.
Em entrevista à Sputnik Mundo, Jorge Casals, ex-diretor do Instituto de Relações Internacionais de Cuba, afirmou que a decisão de Trump vai na contramão do que pensam os próprios estadunidenses.
"O presidente dos EUA fala de "América Primeiro", mas vai contra o que pensa 70% da população sobre as relações entre Cuba e Estados Unidos, incluindo os 71% dos republicanos que opinam que o melhor que pode acontecer é a normalização das relações.
O analista destaca que agora Trump terá que lidar com os empresários que tiveram seus interesses econômicos contrariados, especialmente os setores de aviação, cruzeiros e agricultura.