Poroshenko quer cessar hostilidades em Donbass?

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Mílicia de Donbass (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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No futuro mais próximo, ao parlamento ucraniano será apresentado o projeto de lei que visa elaborar um plano para a "reintegração" de Donbass.

Como informa a edição russa Kommersant, este documento prevê o fim da "operação antiterrorista" no leste da Ucrânia e o começo da "reintegração pacífica" destes territórios.

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As fontes consultadas pelo jornal afirmam que Kiev quer tentar mais uma ver regular as relações com as regiões "rebeldes" com uso de "poder brando". Assim, o projeto de lei prevê algumas "regalias e facilidades" para os moradores das repúblicas não reconhecidas de Donetsk e Lugansk, inclusive no tema da aposentadoria. Kiev também quer restabelecer o comércio entre as diferentes regiões e os territórios controlados pelos militares ucranianos.

Em vez da "operação antiterrorista", na linha da frente de Donbass será proclamada a lei marcial.

Os analistas indicam que as negociações sobre o novo projeto foram reiniciadas nas vésperas da visita do presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, à Casa Branca, onde ele será recebido por Donald Trump, o líder norte-americano. A Suprema Rada (parlamento ucraniano) não esconde que quer jogar por antecipação e satisfazer certos grupos de influência" em Washington.

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Destaca-se também que Kiev não explica como a lei marcial corresponde às obrigações da parte ucraniana nos Acordos de Minsk.

No entanto, o representante plenipotenciário da República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, declarou que Donetsk rejeita o plano de Kiev e explicou este fato pela ausência de confiança entre ambas as partes.

"Depois de três anos de guerra, as repúblicas de Donetsk e Lugansk não acreditariam nas palavras de Kiev de que tudo ficaria bem. Esta variante não pode ser considerada", afirmou Pushilin, acrescentado que este plano não corresponde aos Acordos de Minsk.

Os assuntos quanto à regularização da situação de Donbass são discutidos no âmbito dos encontros de Minsk pelo grupo de contato, que, desde 2014, já aprovou três documentos regularizadores da desescalada do conflito. No entanto, as partes continuam denunciando violações do regime do cessar-fogo.

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