Estas hipóteses são pouco realísticas, porque o autor menospreza o progresso obtido pelos chineses, a profundidade da sua influência no Sudeste Asiático, bem como a disfuncionalidade da política dos EUA, disse à Sputnik China o especialista militar russo Vasily Kashin.
Ao avaliar quaisquer planos dos EUA e as possibilidades de suas ações contra a China, devemos ter em conta que os EUA parecem saber menos sobre os planos da China do que os chineses sobre os planos dos EUA, disse o especialista.
A China tem laços fortes e exerce grande influência sobre as empresas dos EUA, pode mesmo não permitir, por exemplo, a produção de filmes contra os chineses por Hollywood.
No seu artigo para a Foreign Affairs, Ely Ratner escreve que entre as medidas para conter a China estão a ativação das relações com os países do Sudeste Asiático, a colocação lá de forças americanas e a criação de alternativas à influência econômica da China na região. Vasily Kashin opina que estas medidas poderão dar certo apenas em teoria, mas com a situação atual que se observa na política interna dos EUA é pouco provável.
O processo de tomada de decisões nos EUA está paralisado principalmente pela luta entre o presidente e a burocracia norte-americana, juntamente com o Congresso dos EUA.
Se os EUA querem realmente lançar um desafio à China no mar do Sul da China, eles precisarão de algo maior que apenas uma série de passos táticos. Neste momento, os EUA provavelmente ainda não estão prontos para isso, concluiu Vasily Kashin.