Embaixador: Coreia do Norte está aberta ao diálogo e ao congelamento do programa nuclear

© REUTERS / KCNAParada militar em Pyongyang
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O embaixador da Coreia do Norte na Índia afirmou nesta quarta-feira que o país asiático está disposto a uma moratória condicional do seu programa nuclear e dos seus testes balísticos, em uma aparente sinalização de que é possível abrir negociações com os Estados Unidos.

De acordo com Kye Chun-yong, o congelamento dos programas armamentistas norte-coreanos é possível, desde que certas circunstâncias sejam atingidas.

“Se as nossas demandas forem cumpridas, podemos negociar em termos de moratória, como o teste de armas”, disse Kye ao canal indiano WION.

Uma das primeiras demandas da Coreia do Norte é o fim dos exercícios militares conjuntos entre as forças norte-americanas e a Coreia do Sul, o que o regime de Kim Jong-un já declarou ser um “ensaio para uma invasão” do país. Já Washington e Seul já declararam que são exercícios meramente defensivos.

O embaixador norte-coreano na Índia afirmou ainda que o país asiático está disposto a negociar “a qualquer momento e sem condições prévias”, embora os EUA “sigam fazendo ameaças” e que o presidente norte-americano Donald Trump tenha dito que a opção militar “não está descartada”.

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Analistas viram a libertação do estudante norte-americano Otto Warmbier, de 22 anos, que ficou preso por 17 meses na Coreia do Norte, teria sido um movimento para passar uma mensagem conciliatória a Washington. Contudo, Warmbier estava em coma e faleceu no início da semana, o que acabou acirrando o discurso da Casa Branca contra Pyongyang.

De sua parte, Seul já declarou que não pretende aumentar as pressões contra os norte-coreanos. O presidente Moon Jae-in já deu a entender que o congelamento dos exercícios militares conjuntos é possível, desde que exista um acordo dos programas da Coreia do Norte.

Anteriormente, os norte-coreanos já acenaram com uma moratória dos seus programas nuclear e balístico. Foi em fevereiro de 2012, em troca de 240 mil toneladas de ajuda humanitária dos EUA. Entretanto, Pyongyang quebrou o acordo após dois meses, após tentar lançar um foguete que, segundo a Coreia do Norte, visava colocar um satélite em órbita. Já Washington e Seul disseram, à época, tratar-se de um disfarce para um teste balístico.

Recentemente, imagens de satélites apontaram que a Coreia do Norte estaria de movimentando para um novo teste nuclear, o que seria o sexto em sua história. Além disso, apenas em 2017 o país asiático já levou a cabo uma dezena de testes com mísseis.

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