Uma das apostas de Trump em lidar com o regime de Kim Jong-un era que Pequim conseguisse exercer a sua influência sobre o país asiático. Para isso, o republicano chegou a converser com o presidente chinês Xi Jinping no início do ano.
“Embora aprecie muito os esforços do presidente Xi e da China para ajudar com a Coreia do Norte, não funcionou. Pelo menos eu sei que a China tentou!”, escreveu Trump em seu Twitter.
While I greatly appreciate the efforts of President Xi & China to help with North Korea, it has not worked out. At least I know China tried!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 20 de junho de 2017
Não está claro se a mensagem significa uma mudança significativa na abordagem da Casa Branca em relação aos norte-coreanos e o seu programa nuclear, ou se pode significar alguma alteração na relação com a China.
De acordo com especialistas, a mensagem de Trump pode expressar a frustração de Washington com a falta de avanços em relação ao regime norte-coreano, o que pode levar a uma nova abordagem para a questão em um futuro próximo.
Enquanto isso, há um forte temor que um sexto teste nuclear possa ser conduzido por Pyongyang a qualquer momento. O mais recente do gênero aconteceu em setembro do ano passado. Já neste ano, o país asiático já realizou uma dezena de testes balísticos, outro aspect que preocupa a Casa Branca.
Coreia do Sul chama drone de 'provocação'
Militares sul-coreanos confirmaram que um drone encontrado na zona fronteiriça entre os dois países neste mês era mesmo da Coreia do Norte, e que trata-se de uma “grave provocação” que viola o armistício da Guerra da Coreia, estabelecido em 1953 entre os dois países da península.
No equipamento foi encontrada uma câmera e várias imagens aéreas feitas do sistema norte-americano de defesa antiaérea THAAD.
“A intrusão de nosso espaço aéreo pelo drone norte-coreano e a fotografia de uma base militar é uma violação do armistício e de um acordo de não agressão, e é também um ato de grave provocação”, afirmou Jeon Dong-jin, funcionário do Estado-Maior sul-coreano.
“Condenamos vivamente as contínuas tentativas do Norte de penetrar no Sul com drones e, mais uma vez, exigir que todos os atos de provocação sejam interrompidos. Se a Coreia do Norte continuar a se envolver em atos de provocação contra o Sul, nossas forças armadas retaliarão com força e avisamos que toda a responsabilidade pelos eventos que acontecem é com o Norte”, concluiu.