Em entrevista à Agência AFP, o especialista do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), Lucio Caceres, disse que ao invés de manter aqueles que cometeram crimes menores ao lado de detentos envolvidos em crimes graves, a abordagem deveria ser outra.
Tais presos por crimes menos graves deveriam ficar em grupos de no máximo 30 pessoas em prisões “muito próximas a casas o quanto possível”, com pelo menos um dia longe da prisão sendo permitido.
Parte do problema, de acordo com uma apresentação da UNOPS realizada no Panamá, se dá em virtude do narcotráfico e da lentidão da Justiça, dois aspectos que parecem ser comuns dentre todos os países latino-americanos.
Na América do Sul, a população carcerária subiu 145% desde 2000, ao passo que o índice cresceu 80% na América Central. Somadas, as duas regiões só ficam atrás dos Estados Unidos quando o assunto é o tamanho das suas populações atrás das grades.
As alternativas sugeridas visam permitir a ressocialização e impedir que episódios de violência se repitam em cadeias da América Latina. Neste aspecto, as recentes rebeliões com assassinatos de presos em prisões do Brasil se destacam negativamente dentro da região.