De acordo com a publicação, a inteligência norte-americana teve dificuldade em como reagir ao caso, que foi levado ao conhecimento do então presidente Barack Obama, com o mesmo sigilo empregado quando da morte do terrorista Osama bin Laden.
A expectativa de que a adversária do republicano Trump, a democrata Hillary Clinton, venceria o pleito presidencial fez com que a Casa Branca deixasse medidas mais duras para depois da votação, o que hoje é considerado um erro por oficiais ouvidos pelo jornal.
A reportagem cita ainda que o próprio Obama chegou a alertar Putin diretamente quanto à interferência nas eleições norte-americanas, ao mesmo tempo que o país fez ainda outros três alertas ao Kremlin. Medidas de retaliação foram cogitadas, mas não acabaram sendo colocadas em prática.
O vazamento de e-mails de uma conta privada de Hillary Clinton pelo site Wikileaks foi um componente que as autoridades dos EUA não puderam fazer nada, e a preocupação com os russos não era só na ajuda que teriam dado a Trump: seria o Kremlin capaz de invadir equipamentos usados nas votações pelos 50 estados norte-americanos?
Uma das retaliações previstas seria o uso de ciberataques contra a infraestrutura russa, algo que, de acordo com o jornal de Washington, teria sido autorizado por Obama antes de deixar a Casa Branca. Só não se sabe se Trump deu continuidade a tal medida.
Em diversas ocasiões, o governo russo e Putin negaram que o país interfira nas eleições de qualquer país. De sua parte, Trump se considera perseguido por supostas relações da sua campanha e do seu governo atual com o Kremlin, algo que ele nega sistematicamente.