'Não vimos nem ouvimos nada sobre a estratégia dos EUA contra o Daesh'

© AFP 2023 / USMCFuzileiros navais norte-americanos em al-Qaim, perto da fronteira síria, oeste do Iraque (Arquivo)
Fuzileiros navais norte-americanos em al-Qaim, perto da fronteira síria, oeste do Iraque (Arquivo) - Sputnik Brasil
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Os EUA, que realizam ataques aéreos na Síria junto com seus aliados, de fato "estão em estado de guerra" com o país árabe, declarou Eric Swalwell, do Partido Democrático.

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"Parece que estamos em estado de guerra com a Síria. Porém, é uma guerra que está sendo travada sem a autorização do Congresso. Chegou um momento em que o Congresso deve votar os prazos da operação, o número de militares e as zonas que vai cobrir", disse o político em uma entrevista à rede americana CNN.

Além de alguns representantes da câmara baixa do Congresso que reconhecem que Washington realmente está combatendo contra as forças de Assad de forma ilegal, um representante do Senado americano (câmara alta do Congresso) afirmou também que os ataques dos EUA são "absolutamente ilegais".

"Creio que as ações militares que se efetuam contra as forças governamentais da Síria são completamente ilegais. Em 2001, foi autorizada uma lei que nos permite usar a força contra os autores dos atentados de 11 de setembro. Ninguém afirma que a Síria tenha sido a autora. Ninguém afirma que esteja relacionada à Al-Qaeda. E ainda mais, estão lutando contra a Al-Qaeda na Síria. Por isso creio que este uso de força é completamente ilegal", manifestou Tim Kaine, senador democrata do estado da Virgínia, em uma entrevista a Yahoo News.

O político recordou o recente ataque americano no território sírio pelo suposto uso de armas químicas contra os civis e destacou que tais medidas requerem sempre uma autorização do Congresso.

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Kaine assinalou que tinha sido enviada uma demanda à administração de Donald Trump com o fim de esclarecer os motivos jurídicos de tal passo. De acordo om o senador, até o momento não foi recebida qualquer resposta.

Kaine mencionou também que muito pouco se sabe sobre a estratégia dos EUA contra o Daesh, organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países.

"Não vimos nem ouvimos nada sobre a estratégia dos EUA contra o Daesh. Também não há uma estratégia de ação para o Afeganistão. Agora, os EUA empreenderam ações contra o governo da Síria e seus militares sem uma estratégia. Começamos a nos preocupar e a suspeitar de que a administração atual esteja aplicando a lei aprovada em 2001 da maneira que lhe convém", resumiu.

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