"É irresponsável da nossa parte continuar presos a um tratado enquanto outro participante o deixou para trás há muito tempo", afirmou o congressista republicano Mike Rogers, presidente do principal painel de supervisão de armas nucleares e autor do projeto de lei que pede a saída dos EUA do acordo.
O Politico destaca, contudo, que muitos políticos são contra tal medida.
"Está ocorrendo um intenso debate dentro da administração Trump sobre a possibilidade de o país se retirar de mais um tratado internacional. Este tratado é um acordo essencial de desarmamento com a Rússia, que proíbe toda uma classe de mísseis nucleares", escreve o Politico.
Por sua parte, o Pentágono, o Departamento de Estado e o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca estão preocupados com as possíveis consequências da cessação do tratado, em especial, a possibilidade de que a medida leve a uma nova corrida armamentista.
O Departamento de Defesa e o Departamento de Estado dos Estados Unidos destacaram que a observância do convênio corresponde aos interesses dos Estados Unidos. O Pentágono, além disso, alertou o Congresso para a saída unilateral do tratado, sublinhando que é um passo desvantajoso para Washington.
No final de março do ano corrente, o ministro russo do Exterior, Sergei Lavrov, disse que a Rússia cumpre plenamente o tratado, enquanto o seu cumprimento pelos EUA provoca dúvidas.
"Os EUA se recusaram a debater estes temas incômodos, preferem especular em torno de algumas violações míticas e formular acusações absolutamente infundadas, à semelhança da inventada existência de armas de destruição em massa no Iraque", acrescentou o ministro.