Cientista político-militar comenta ao serviço russo da Rádio Sputnik a intenção dos EUA "de manter a ordem por todo o mundo".
Washington planeja conseguir incluir as filiais da Al-Qaeda e do Daesh (ambas são organizações terroristas, proibidas na Rússia e muitos outros países) na lista das organizações terroristas da ONU, comunica o jornal russo Izvestiya citando fontes diplomáticas russas.
A Rússia e uma série de outros países, incluindo o Egito, estão contra esta proposta. Cairo pensa que a inscrição da filial egípcia da Al-Qaeda na lista em questão vai indicar que as autoridades são incapazes de lidar com esse problema usando suas próprias forças. As fontes da edição Izvestiya dizem que estes grupos no Egito são bastante pequenos e que as autoridades do país são realmente capazes de resolver essa questão de modo independente.
"Graças ao alargamento da lista das organizações terroristas, os americanos tencionam legalizar [em primeiro lugar para si próprios] a intervenção nos assuntos internos de outros países", se lê no artigo.
O cientista político-militar e chefe do departamento da Politologia e Sociologia da Universidade Plekhanov, Andrei Koshkin, está completamente de acordo com esta opinião.
Segundo ele, o alargamento da lista de organizações terroristas da ONU dará a possibilidade para os EUA legalizarem as operações especiais em terceiros países.
"Usando essa lista alargada eles sempre podem ter um pretexto para introduzir tropas ou dar a possibilidade às forças especiais para derrubarem os governos legítimos nos outros países", disse o cientista político.