"Pra mim, foi uma conquista enorme, eu na verdade não esperava muito. A gente sabe o que o júri é muito rigoroso, eu fui pra mostrar meu melhor, ensaiei muito pra isso, mas eu confesso que esperava que seria muito difícil."
"A gente está aos poucos mostrando que o brasileiro tem lugar não só no futebol, mas no balé também."
A goianiense de 22 anos começou no balé aos 7 anos e hoje acumula prêmios e reconhecimentos. Com apenas 10 anos, decidiu buscar um lugar na Escola do Teatro Bolshoi do Brasil, em Joinville, Santa Catarina. Aprovada, Amanda mudou-se para a cidade do norte catarinense com os pais e não teve muitas dúvidas na hora de escolher a profissão: "Quando eu descobri que bailarina poderia ser profissão, eu disse: 'vou ser bailarina', porque é o que eu amo fazer".
Hoje, Amanda é solista da Ópera de Kazan e critica a falta de reconhecimento que os artistas brasileiros enfrentam, especialmente o atraso de salários dos bailarinos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. De acordo com reportagem do Fantástico, 128 mil funcionários públicos do estado estão sem receber desde abril.
"É uma pena. Vemos bailarinos brasileiros dançando em várias companhias do mundo inteiro, são estrelas. Vencem várias competições e por que são tão valorizados fora do nosso país e no Brasil acontece esse tipo de coisa?"
Além de Amanda, os brasileiros Victor Caixeta, Carol Freitas e Anne Jullieth Pinheiro também foram premiados na 13ª Competição de Balé de Moscou.