"O Janot é uma figura polêmica. Se por um lado ele tem esse papel de questionar a figura do presidente Temer, por outro há uma série de ações dentro do seu mandato que se colocam em contradição com os procedimentos legais, como, por exemplo, o próprio acordo de delação premiada que foi feito com a JBS, um acordo que parece não guardar correspondência com a lei da delação. O perdão judicial parece incompatível, porque foi estabelecido como possibilidade para aqueles que são os primeiros a delatar e não os que são chefes de quadrilha", afirma o cientista político, ressaltando que é preciso olhar com cautela um certo corporativismo que existe dentro da PGR.
Mesmo não querendo fazer uma análise de quais nomes seriam mais cotados, Martins observa:
"O governo Temer busca uma alternativa que lhe seja conveniente, e nesse sentido, o nome da Raquel Dodge parece um nome que é apoiado pelos peemedebistas ainda que todos os candidatos tenham dito que são a favor da apuração dos crimes cometidos na política brasileira. Na prática, vamos ver como a coisa vai se definir", diz Martins.