De acordo com o colunista, as contínuas interferências dos EUA na Síria não valem a pena, já que podem desencadear uma nova Guerra Fria com a Rússia, ou até mesmo um confronto direto com o país eslavo.
"Por agora, é um caminho perigoso, que o nosso país continua preparando", escreveu o jornalista, que sublinhou que "atualmente, a política aplicada pela Rússia na Síria é mais sincera e coerente que a de Washington". Segundo o autor, a administração de Obama deixou claro que o presidente sírio, Bashar Assad, não poderia fazer parte de um futuro governo da Síria.
Não obstante, esta não é a única prova de inconsistência dos EUA sobre a Síria desde o início da guerra. O primeiro programa desenvolvido pela administração Obama, que tinha como objetivo identificar e treinar as unidades da chamada "oposição moderada", acabou em fiasco. Como resultado desse projeto, muitas daquelas unidades foram ou capturadas ou rodeadas por outros grupos radicais.
"O país está flertando com facções que seguem qualquer ideologia, mas que não representam o setor moderado. Um desses grupos é a Frente al-Nusra, que anteriormente foi uma organização afiliada da Al-Qaeda na Síria [ambas proibidas na Rússia]", escreve Galen Carpenter.
"Além disso, Washington recentemente se encontrou preso em um outro dilema depois de seu aliado na OTAN, a Turquia, ter atacado os curdos sírios que estavam lutando contra o grupo terrorista Daesh [proibido na Rússia], com ajuda dos EUA."
"Moscou arrisca muito mais na Síria e no Oriente Médio quanto à sua segurança [do que os EUA]. O norte da Síria está muito mais perto da fronteira com a Rússia, enquanto que a Síria está bem longe dos EUA…e Washington também poderia descarregar responsabilidades e riscos sobre o Kremlin", afirma o autor.