Em um raro comunicado prestado ao Conselho de Segurança da ONU, o embaixador Kim In-ryong afirmou que seria um “erro de cálculo fatal” dos demais países acreditarem que o regime norte-coreano iria congelar o seu programa em razão de sanções.
“Essa nefasta e indiscreta medida iria em um sentido oposto ao que eles querem”, argumentou o embaixador, durante um debate de não-proliferação liderado pela Bolívia.
“Os EUA continuaram a falar sobre ‘diálogo’ mesmo neste momento quando as sanções foram adotadas. Mas não faz sentido professar sobre o diálogo com condições prévias injustas e aplicando a pressão máxima”, continuou Kim.
A Casa Branca já divulgou que tem o interesse em negociar com a Coreia do Norte, desde que o país asiático aceite pôr um freio em seu programa nuclear e em seus testes balísticos, o que o regime de Kim Jong-un não aceita.
Neste mês, 14 norte-coreanos e quatro entidades entraram na lista de sanções da ONU, aumentando as restrições comerciais e econômicas contra Pyongyang.
“O que o povo coreano chegou à conclusão é que a única saída para a defesa de seus direitos vitais e soberania é reagir com armas nucleares em espécie. Não importa o que os outros digam, quaisquer que sejam as sanções, a pressão e o ataque militar que pode se seguir: não nos desviaremos do caminho para construir forças nucleares que foram escolhidas para defender a soberania do país e os direitos à existência nacional”, concluiu.