De acordo com o militar, os pilotos se referiam à autodefesa ao efetuarem estas solicitações.
"Tentamos diminuir as tensões. Estamos aqui para combater o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países], bem como defender nossas forças daqueles que apoiam o regime sírio", comentou Corcoran ao portal Military.com.
Mais cedo, em 18 de junho, na província de Raqqa, a aviação da coalizão internacional, encabeçada pelos EUA, derrubou um Su-22 da Força Aérea síria, afirmando que o avião teria lançado bombas contra as tropas da oposição.
Damasco, por sua vez, comunicou que o Su-22 estava participando de uma operação contra os jihadistas e acusou os EUA e seus aliados de coordenar seus ataques com os militantes.
Corcoran não excluiu a possibilidade de incidentes semelhantes virem a acontecer com mais frequência. À medida que o Daesh vai perdendo seu terreno, os EUA, as forças de Damasco e Moscou começam a atuar no mesmo espaço aéreo.
O militar também comunicou que, em todos os ataques da coalizão, a Força Aérea síria, ou seja, a "aviação desprotegida" — aviões de transporte e os de reabastecimento, saía do espaço aéreo por não saber como a Síria ou a Rússia responderiam.
Após o incidente com o Su-22 derrubado, Moscou afirmou que os sistemas antiaéreos russos na Síria acompanhariam quaisquer objetos voadores na zona de ação da Força Aeroespacial russa, qualificando-os como alvos aéreos.
"Os sistemas antiaéreos estão funcionando, mas não acho que os nossos militares sintam alguma ameaça dos mísseis terra-ar por parte dos russos ou sírios", afirmou. O general considerou as relações entre as partes como "muito calorosas e professionais".