Mais cedo, a edição Politico, citando vários congressistas, comunicou que a administração dos EUA estava considerando a proposta do Congresso para sair do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, mais conhecido como Tratado INF (Intermediate-Range Nuclear Forces, em inglês).
O vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma de Estado russa, Yuri Shvytkin, afirmou à Sputnik que isso poderia levar a uma nova corrida armamentista.
Ao mesmo tempo, ele frisou que "há desafios reais caso uma parte o viole e a outra — não".
Ford também afirmou que os EUA "esperam que a Rússia volte a cumprir as disposições do tratado".
"Estamos preocupados por não ter sido feito o suficiente para pôr [os russos] em seu devido lugar, onde eles poderiam ser motivados a cumprir os acordos. […] Esperamos dar um sinal à Rússia para que esta veja com outros olhos a instalação de mísseis de cruzeiro no terreno e para que consigamos que ela volte a cumprir o acordo, pois apreciamos o Tratado INF", sublinhou.
O Tratado INF proíbe que as partes possuam mísseis balísticos e de cruzeiro nucleares ou convencionais com alcance de 500 a 5.500 quilômetros. Em diferentes ocasiões, a Rússia e os Estados Unidos trocaram acusações quanto à violação do acordo, que foi assinado em 1987.
O chanceler russo observou que "os EUA afirmam o contrário, mas não apresentam nenhuma informação concreta que possa ser verificada para esclarecer a situação". Lavrov adiantou que Moscou tem perguntas sérias quanto a várias "ousadias" dos próprios americanos.