O documento que deve ser publicado na íntegra no dia 29 de junho é intitulado "O poder militar da Rússia", mas algumas partes já foram divulgadas pela agência de notícias Associated Press.
"As Forças Armadas da Rússia estão em alta hoje em dia, já não são as forças soviéticas que se opunham ao Ocidente durante a Guerra Fria e dependiam de grandes unidades com armas pesadas", diz-se no documento.
De acordo com as estimações da inteligência militar americana, as Forças Armadas russas modernas "contam com menos militares, mas são mais móveis e equilibradas" do que o Exército soviético.
No prólogo do relatório, o tenente-general Vincent Stewart, diretor da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, prognostica que "na próxima década pode surgir uma Rússia mais combativa e segura de si mesma".
Ao comentar as ações de Moscou na Síria, os autores do relatório consideraram que a operação militar russa "mudou toda a dinâmica do conflito" no país árabe. A Rússia não somente prestou apoio ao atual governo de Damasco, mas também se assegurou que a "solução do conflito é impossível sem o consentimento de Moscou", diz o documento.
"Estas ações contradizem a ideia enraizada de que Moscou não está a salvo dos EUA que, na opinião da Rússia, querem minar o país [Rússia] em seu próprio território e no exterior", assegura o Pentágono.
De acordo com a AP, trata-se do primeiro documento deste tipo desclassificado pela Agência de Inteligência de Defesa dos EUA em mais de 20 anos.