O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, negou o pedido de prisão do tucano feito pela Procuradora-Geral da República (PGR), e permitiu que o parlamentar reassuma a sua cadeira no Senado.
Em sua página no Twitter, Dallagnol escreveu que não faltavam motivos para Aécio estar atrás das grades, e que agora, de volta ao Parlamento federal, o senador poderá inclusive articular em favor do fim da Lava Jato e pela anistia dos políticos envolvidos nas investigações.
“Havia razões para estar preso, mas influenciará leis que governam nosso país. Livre inclusive para articular o fim das Lava Jato e anistia”, comentou o procurador, líder da Força-Tarefa que apura os casos de investigados sem foro privilegiado, ou seja, na primeira instância.
Havia razões para estar preso, mas influenciará leis que governam nosso país. Livre inclusive para articular o fim das Lava Jato e anistia. https://t.co/WWdH4UfIz0
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) 30 de junho de 2017
Aécio Neves está livre para se comunicar com a irmã, Andrea Neves, e exercer as suas prerrogativas de parlamentar com foro privilegiado. O caso dele poderá ser revisto quando for analisado pela Primeira Turma do STF, o que não deve acontecer antes de agosto, na volta do recesso.
O tucano afirmou que “sempre acreditou na Justiça” brasileira, em comunicado logo após a decisão do Supremo.
Loures solto e lamento de procurador
Companheiro de Dallagnol em Curitiba, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima foi outro a desabafar após as decisões do dia no STF. Além de Aécio, quem recebeu uma decisão favorável foi o ex-deputado e ex-assessor do presidente Michel Temer (PMDB), Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, permitiu que Loures cumpra prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. A expectativa é que o ex-parlamentar, flagrado saindo de uma pizzaria com uma mala com R$ 500 mil pagos pela JBS, seja solto nas próximas horas.
Sem citar nomes, Lima postou no início da noite desta sexta-feira que acreditava que, ao fazer o seu melhor, ajudaria o Brasil, mas “se enganou”.
“Podemos aqui na Lava Jato ficar lutando com todas as técnicas de investigação e com todos os argumentos lógicos e jurídicos, e ainda assim estaremos apenas ‘enxugando gelo’”, lamentou o procurador.