A bancária Anninha Xavier, de Natal/RN, falou à Sputnik Brasil sobre os transtornos causados pela ampla paralisação dos rodoviários na cidade, impedindo que as pessoas cheguem ao posto de trabalho.
"Não consegui nem sair de casa. Os rodoviários desobedeceram a lei de greve e tem menos de 30% da frota nas ruas, lotando o pouco de transporte alternativo que temos que são as vans. Serviços de Uber e táxi lucrando astronomicamente e uma manifestação se preparando para acontecer às 15h próximo ao maior shopping de Natal que fica em frente a uma das principais vias de acesso ao centro e principais bairros comerciais da cidade", disse ela.
"Sou bancária, não tenho carro e não consegui carona. Não acho válido pagar em média R$40 [ida e volta] num Uber para chegar à uma agência que nem é a que eu estou […] Já pago muito caro [R$6,70 ida e volta] diariamente para deslocar em uma cidade pequena e com um transporte coletivo de péssima qualidade. Não posso me dar ao luxo de pagar mais caro ainda pra ir trabalhar hoje. Não é justo com o suor do meu trabalho que ajuda a mover as engrenagens da economia brasileira", disse a bancária.
Anninha Xavier também afirmou que os servidores estaduais da saúde do Rio Grande do Norte anunciaram greve sem previsão de retorno.
Já no Rio de Janeiro, a Avenida Brasil ficou completamente parada devido aos piquetes realizados em diversos pontos da cidade.
"Hoje, no dia 30 de junho, foi horrível para chegar no Centro da cidade. Saí de Piabetá por volta de 6h e o trajeto foi horrível. Simplesmente nada andava", disse Milton Amaral à Sputnik Brasil, acrescentando que testemunhou protestos realizados na rua durante o trajeto.