Sem novos fatos, o escândalo começa a "cheirar mal" e os que querem incentivá-lo já não buscam acusar Trump de ligações com a Rússia, mas tentam apenas encontrar provas de que ele podia interferir no decurso da investigação.
Viktor Marakhovsky, colunista da Sputnik, lembra que há 15 anos, sob o pretexto das supostas armas químicas, foi destruído o Iraque, chegando assim à conclusão de que a falta de provas nunca impediu as companhas de demonização.
O autor escreve que o que está acontecendo na sociedade norte-americana hoje em dia se chama paranoia e destaca que toda essa perturbação já foi descrita há muito anos na Rússia.
"Era muito mais fácil aceitar a posição antiocidental do que perceber a realidade e encontrar a solução do problema", relembra o autor.
Passado menos de um ano, continua Marakhovsky, hoje em dia a mesma paranoia se tornou mainstream nos países, que, pelos vistos, não sofrem de problemas econômicas e são politicamente maduros.
"O que mais impressiona é que a campanha de paranoia está sendo desenvolvida pelos países mais avançados e pelos representantes das mais modernas ideias políticas e não pelos 'plebeus', que de acordo com os 'liberais' votaram na candidatura de Trump", frisa o colunista.
Assim o autor chega a duas conclusões opostas.
Segunda: sim, existe a magia da sociedade democrática. Só que o "conluio russo para minar os EUA", a democracia e as liberdades ocidentais é muito mais forte [do que essa magia]. É tão diabolicamente eficaz que deu certo. Por isso, hoje em dia, as nações avançadas estão mergulhando em um novo tipo de escravatura e cultivam a "psicologia da fortaleza assediada".