EUA querem uma mudança de regime na Rússia, diz ex-diplomata canadense

© Sputnik / Alexei Nikolskiy / Acessar o banco de imagensPresidente russo, Vladimir Putin, em seu discurso de Ano Novo
Presidente russo, Vladimir Putin, em seu discurso de Ano Novo - Sputnik Brasil
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Oficiais russos acreditam que o governo dos Estados Unidos quer uma efetiva mudança de regime em Moscou porque Washington vem tentando isso por anos, de acordo com o que explicou à Sputnik o ex-diplomata canadense Patrick Armstrong.

A afirmação não existe ao acaso: um novo relatório da Agência de Inteligência e Defesa dos EUA (DIA, na sigla em inglês), garante que os líderes russos acreditam que os norte-americanos estão engajados em um programa para forçar uma alteração de regime na Rússia.

O apontamento feito pelo DIA sobre a forma com que os russos vêem a política da Casa Branca não existe sem alguma substancia, de acordo com o porta-voz do Kremlim, Dmitry Peskov.

“Nos termos mais simples possíveis: Washington vem tentando levar o ‘estilo EUA de democracia’ para a Rússia”, avaliou Armstrong na última quinta-feira.

Segundo o canadense, a Rússia vem observando as consequências das mudanças de regime causadas pelas políticas norte-americanas no Iraque, na Líbia e, especialmente, na Ucrânia.

Vista do Krémlin de Moscou, centro da cidade (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Armstrong observou que esta avaliação das políticas dos EUA, incluindo as sanções econômicas dirigidas à Rússia, era consistente com o padrão das políticas dos EUA que conseguiram derrubar outros governos que Washington era crítico em todo o mundo.

No entanto, quanto mais os EUA procuraram expandir sua influência no século XXI, desestabilizando e derrubando governos em todo o mundo e apoiando regimes sucessores, mais fracos se tornaram, afirmou Armstrong.

“As intervenções fracassadas e as guerras perdedoras estão fazendo um trabalho muito mais eficaz de destruir os EUA do que qualquer coisa que Moscou ou Pequim pudessem fazer”, disse ele.

A reação exagerada dos EUA aos atentados terroristas da Al-Qaeda de 11 de setembro de 2001 enfraqueceu dramaticamente os EUA de forma econômica e militar, e em sua posição global, Armstrong explicou.

Até a aposentadoria, Armstrong era um diplomata canadense especialista na União Soviética e na Rússia. Anteriormente serviu como conselheiro político na embaixada do Canadá em Moscou.

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