De acordo com Liu Jieyi, a situação pode “ficar fora de controle”. As ponderações acontecem um dia após uma conversa pelo telefone entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tratar da crise na Península Coreana.
“Atualmente, as tensões estão altas e certamente gostaríamos de ver uma diminuição. Se as tensões apenas subirem… então, mais cedo ou mais tarde, ficarão fora de controle e as consequências serão desastrosas”, disse Liu, em entrevista coletiva na sede da ONU, onde a China assume a presidência do Conselho de Segurança em julho.
Ao lado de Washington, Pequim faz pressão para que Pyongyang abandone o seu programa de testes balísticos e de provas nucleares. Por enquanto, o regime de Kim Jong-un se mantém firme em não abrir mão disso. Em comum, os dois lados dizem que, “com as condições certas”, poderão se sentar à mesa para negociar. Entretanto, ninguém está disposto a ceder por ora.
“Gostaríamos de receber outras propostas construtivas da comunidade internacional. Quanto mais países trabalham juntos para conseguir uma solução negociada, melhores serão as negociações”, acrescentou Liu, elogiando os esforços da Rússia e outras nações.
Mais cedo nesta segunda-feira, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse ao jornal Izvestiya que a Rússia elaborou um plano de acordo sobre a questão da Coreia do Norte, que estipula que os EUA não piorem a situação e se movam para aliviar as tensões.