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Mais pressão: Ministros de Temer são investigados por relação com a JBS

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O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Mauro Menezes, abriu nesta segunda-feira um processo para investigar a conduta de seis autoridades e ex-autoridades ligadas ao governo federal, com base na delação da JBS.

Entre os investigados estão dois ministros do presidente Michel Temer (PMDB): Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia, e Marcos Pereira (PRB), da pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Também serão investigados os ex-ministros Guido Mantega, Geddel Vieira Lima e Fernando Pimentel, além do atual vice-presidente corporativo da Caixa Econômica Federal, Antônio Carlos Ferreira.

As medidas foram definidas em uma reunião extraordinária do colegiado, realizada na manhã desta segunda-feira. Os citados serão intimados e terão um prazo de dez dias para prestarem esclarecimentos.

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Entre as punições possíveis para os investigados estão a advertência e recomendação de exoneração, caso o investigado esteja no governo; e censura pública para ex-autoridades (uma espécie de mancha no currículo).

JBS

As investigações da comissão tomam por base as delações premiadas firmadas pelos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F – que detém no seu portfólio a JBS – e pelo executivo do grupo, Ricardo Saud, junto à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Kassab teria recebido, ilegalmente, R$ 350 mil por mês de companhias por meio de notas frias enquanto ministro nos governos Dilma Rousseff (Cidades) e Temer (Ciência e Tecnologia). Uma delas seria uma empresa transportes comprada pelo conglomerado J&F. Outra teria sido a empresa de consultoria de propriedade de seu irmão.

Já o ministro Marcos Pereira teria recebido R$ 500 mil por mês da J&F para facilitar linhas de financiamento na Caixa Econômica Federal, com o auxílio do vice-presidente corporativo do banco, Antônio Carlos Ferreira. O procedimento contra Pereira e Ferreira será conjunto na comissão.

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