“A lista não é realista e não é praticável”, afirmou o xeique Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, em uma conferência de imprensa nesta terça-feira, em Doha. “Não se trata de terrorismo, mas sim de pôr fim à liberdade de expressão”.
Segundo Al-Thani, o país demonstrou boa fé e boa iniciativa nas negociações com as demais nações árabes, por meio do Kuwait – mediador das conversações –, e que é preciso respeitar a soberania do Qatar, colocando fim a sanções ilegais, segundo ele.
Al-Thani ainda acusou os Emirados Árabes Unidos por fomentar uma imagem ruim do Qatar no exterior, o que gerou um pedido para que o país vizinho pare com tal política.
O que o Qatar considera “impossível” de atingir ainda coloca um alto grau de incerteza sobre como e quando terá a crise deflagrada nas últimas semanas por Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito e Bahrein, que decidiram cortar relações com Doha.
Anteriormente, os quarto países deram 48 horas para Doha cortar o apoio à Irmandade Muçulmana, encerrar a emissora Al-Jazeera, diminuir os laços diplomáticos com o Irã, e fechar uma base militar turca no emirado.
Presente à coletiva ao lado de al-Thani, o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, elogiou a “calma” demonstrada por Doha para lidar com os vizinhos. “O Qatar mostrou calma ao reagir ao bloqueio. Esperamos que os outros respondam com um espírito semelhante”, avaliou.
A Europa vem acompanhando atentamente ao desenrolar da crise na região, oferecendo canais para que uma resolução seja alcançada entre todos os países envolvidos.