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Por que Temer tem pressa para aprovar a reforma trabalhista?

© Sputnik / Vitaly Belousov / Acessar o banco de imagensA visita do presidente brasileiro, Michel Temer, a Moscou
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Governo se apressa para passar a reforma trabalhista e o cientista político Ricardo Ismael (PUC-Rio) conversa com a Sputnik Brasil sobre as motivações políticas da urgência do presidente.

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A tramitação da proposta da reforma trabalhista foi aprovada com urgência pelo plenário do Senado na última terça-feira. A base aliada do Governo atende ao desejo do Presidente Michel Temer de assinar urgentemente esta e outras matérias do chamado “pacote de maldades”, que inclui também a reforma da Previdência. 

Senadores governistas prometem levar a reforma trabalhista à votação final na próxima semana.

O cientista político Ricardo Ismael acredita que a aprovação da reforma trabalhista no Senado representaria uma demonstração de força de Michel Temer para continuar na presidência. 

"A aprovação da reforma trabalhista no Senado seria importante pro Temer pra que ele pelo menos pudesse faturar isso, mostrando, principalmente para os atores ligados ao mercado e aos atores econômicos, que o governo teria ainda alguma força, especialmente no Senado Federal", diz o especialista à Sputnik Brasil. 

"Com relação à tramitação dessa denúncia feita pelo procurador Rodrigo Janot, e agora analisada na Comissão de Constituição e Justiça na Câmara dos Deputados, há dúvidas se o Temer consegue levar de fato a plenário, ou seja sair da CCJ e ir a plenário e rejeitar a denúncia, que é o que ele imagina ter força pra isso", disse. 

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O debate sobre a reforma trabalhista se inicia justamente no momento de maior crise do governo desde que Temer assumiu o cargo.

"O que é importante observar é que o presidente Temer hoje tem uma popularidade muito baixa, portanto com pouco apoio na sociedade, e tenta mostrar que tem força ainda no Congresso Nacional na questão da reforma trabalhista, o que daria a ele a condição de dizer que ainda tem uma base governista razoável pra continuar à frente da presidência da República", argumenta Ricardo Ismael.  

"O cenário mais provável é que ele consiga aprovar a reforma trabalhista recuando da questão do imposto sindical, portanto esta seria a mudança, aprovada nos moldes da câmara", disse. 

O especialista destacou, por fim, que mesmo com a baixa popularidade de Michel Temer, o caso do presidente é particular porque ele ainda goza de apoio no Congresso.

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