"Este sistema de armas vai aumentar de modo mais eficiente a dissuasão credível no quadro do espetro predominante de ameaças, inclusive dos sistemas antimísseis. O Nasr é um sistema de armas de alta precisão, capaz de ser rapidamente instalado", afirmou o chefe do Estado-Maior, general Qamar Javed Bajwa, ao canal Samaa TV.
Bajwa parabenizou os engenheiros e cientistas que se empenharam no projeto de míssil para "ajudar o Paquistão a ampliar sua dissuasão" e destacou a prontidão de combate e o nível de treinamento das Forças Estratégicas do Exército. O militar afirmou que tem a máxima confiança no controle, segurança, comando eficiente e proteção do potencial estratégico paquistanês.
"Vocês são, realmente, nossos heróis, heróis invisíveis. Devemos-lhes a nossa gratidão." Ele adiantou que a guerra deve ser evitada e que "sua capacidade estratégica é uma garantia de paz perante um vizinho altamente militarizado e cada vez mais beligerante".
Bajwa destacou que "o Nasr lançou água fria na Cold Start", se referindo à doutrina operacional da Índia Cold Start, por meio do qual a Índia planeja superar o Paquistão no caso de um conflito armado, mas sem quaisquer incidentes nucleares. Vale destacar que tanto a Índia como o Paquistão têm armas nucleares.
A Índia reconheceu oficialmente há pouco a existência da Cold Start, após o chefe militar indiano Bipin Rawat ter afirmado em uma entrevista à edição India Today que "a doutrina Cold Start existe para as operações militares convencionais. É uma decisão muito ponderada, com a participação do Comitê do Gabinete para a Segurança, se devemos ou não conduzir operações convencionais para tais ataques".
Um relatório do órgão de imprensa do exército paquistanês, o ISPR (Inter Services Public Relations), também frisou que o Paquistão está disposto a fazer tudo para garantir a segurança e a estabilidade regionais, esclarecendo que os militares "apoiam incondicionalmente todo o esforço do governo para alcançar a paz através do diálogo. A nossa capacidade é apenas para garantir que ninguém pense que a guerra continua sendo uma opção".