Formalmente, o cargo de enviado especial à Ucrânia só agora foi criado, mas na realidade, de acordo com o artigo de Andrei Rezchikov para o diário russo Vzglyad, Volker é o sucessor da ex-secretária adjunta do Departamento de Estado para a Europa e Eurásia, Victoria Nuland, famosa por distribuir doces entre os ativistas de Maidan em 2014.
Volker foi designado para seu cargo poucas horas antes da reunião entre o presidente americano, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, nas margens na cúpula do G20.
Para Rezchikov, Volker é um típico "falcão" de Washington.
"O fato de que o nomearam é um sinal de que esta administração leva muito a sério o tema ucraniano", indicou o ex-embaixador dos EUA em Kiev, John E.Herbst.
Em janeiro deste ano, Nuland e vários outros conhecidos representantes do Departamento de Estado se recusaram a trabalhar com a administração de Trump. Ao longo de todo esse tempo, a direção ucraniana do Departamento de Estado, de fato, permaneceu vacante, informa Rezchikov.
Em 2008, foi nomeado embaixador dos EUA junto à OTAN e manteve esta posição sob a presidência de George W. Bush e Barack Obama. Depois de se retirar do serviço público, trabalhou na consultoria de Washington BGR Group, associada com o Partido Republicano. Foi precisamente esta empresa que se dedicou a promover os interesses de Pyotr Poroshenko na equipe de Trump.
Recentemente, Volker trabalhou como diretor do Instituto de Ciências Políticas, criado pelo senador republicano John McCain no Arizona. Várias mídias comunicaram que esta entidade estaria sendo financiada por George Soros, da família Rothschild, lobistas iranianos e sauditas.
Moscou, por sua vez, está à espera da visita de Volker à Rússia, sublinhou o chanceler russo, Sergei Lavrov.
Segundo frisou Rezchikov, se antes Washington e Moscou se comunicavam sobre a Ucrânia através da linha Surkov-Nuland, durante a cúpula do G20 Putin e Trump acordaram em estabelecer um canal bidirecional sobre a Ucrânia.