Encontro entre Putin e Trump: 'ganharam os dois'

© Sputnik / Mikhail Klimentiev / Acessar o banco de imagensO presidente russo, Vladimir Putin, e o então presidente norte-americano, Donald Trump, durante a 12ª reunião de cúpula do G20, em Hamburgo, na Alemanha, em 2017
O presidente russo, Vladimir Putin, e o então presidente norte-americano, Donald Trump, durante a 12ª reunião de cúpula do G20, em Hamburgo, na Alemanha, em 2017 - Sputnik Brasil
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À margem da cúpula do G20 passou o tão esperado encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que chamou a atenção de todo o mundo. A Sputnik Mundo falou com o especialista em relações internacionais, o argentino Martín Rodríguez, para analisar os resultados da reunião.

Para Martín Rodríguez, membro do observatório sobre a Rússia e analista geopolítico na plataforma Equilibrium Global, o resultado do encontro foi benéfico para ambos e "à sua maneira ganharam os dois".

"Putin não se mostrou nada diferente do que se esperava dele. Se hoje na Rússia fossem realizadas eleições, ganharia outra vez. A agenda sobre a Síria que apresentou não foi abordada por completo", assinalou o analista.

Por outro lado, Trump, na opinião dele, não perdeu nada:

"Enquanto controla a agenda através de tweets e a indefinição, continua avançando na sua política no que respeita à relação com a imprensa e a opinião pública norte-americana. Ele também não cedeu porque para isso deveria haver uma agenda estabelecida. Como não houve, não se pode dizer se ele concretizou ou não seus planos", disse à Sputnik Mundo.

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O primeiro encontro cara a cara entre os dois líderes ocorreu em Hamburgo durante a cúpula do G20 em 7 de julho e durou mais de duas horas. O analista acredita que a duração da reunião foi "muito importante", pois "se esperava que fosse mais curta". No entanto, considera que as estratégias dos dois presidentes foram muito diferentes.

"Putin tinha uma agenda definida, ao contrário de Trump. Enquanto os EUA continuam criando uma imagem de incógnita, parece que vivemos em um mundo multipolar, embora não seja assim. A distribuição de poder continua sendo a mesma, só que há um cenário de incerteza diferente", indicou.

"As relações bilaterais entre ambos os líderes vão se complicar. A disputa doméstica que Trump tem em relação à Rússia não vai permitir maior aproximação. Por enquanto, não se vislumbra um cenário em que o presidente norte-americano tenha a liberdade de aplicar uma política externa que seja aceita em seu país", opinou.

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