Para Martín Rodríguez, membro do observatório sobre a Rússia e analista geopolítico na plataforma Equilibrium Global, o resultado do encontro foi benéfico para ambos e "à sua maneira ganharam os dois".
"Putin não se mostrou nada diferente do que se esperava dele. Se hoje na Rússia fossem realizadas eleições, ganharia outra vez. A agenda sobre a Síria que apresentou não foi abordada por completo", assinalou o analista.
Por outro lado, Trump, na opinião dele, não perdeu nada:
"Enquanto controla a agenda através de tweets e a indefinição, continua avançando na sua política no que respeita à relação com a imprensa e a opinião pública norte-americana. Ele também não cedeu porque para isso deveria haver uma agenda estabelecida. Como não houve, não se pode dizer se ele concretizou ou não seus planos", disse à Sputnik Mundo.
"Putin tinha uma agenda definida, ao contrário de Trump. Enquanto os EUA continuam criando uma imagem de incógnita, parece que vivemos em um mundo multipolar, embora não seja assim. A distribuição de poder continua sendo a mesma, só que há um cenário de incerteza diferente", indicou.
"As relações bilaterais entre ambos os líderes vão se complicar. A disputa doméstica que Trump tem em relação à Rússia não vai permitir maior aproximação. Por enquanto, não se vislumbra um cenário em que o presidente norte-americano tenha a liberdade de aplicar uma política externa que seja aceita em seu país", opinou.